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Vizela (erasmus project)

Cooperative structures

O foco deste trabalho é, como anunciado no nome da unidade curricular, o espaço público e toma, neste semestre, a cidade de Vizela como caso de estudo com um ponto de partida (indicativo) fixado em duas antigas fábricas contíguas ao rio Vizela, hoje abandonadas.


Assim estão determinadas, pelo menos, duas temáticas de estudo: o espaço público e o abandono, a ruína. A análise inicial procura, então, mapear estes dois espaços e a sua relação. Um terceiro elemento destaca-se – as fábricas – e determina uma aparente correlação de proximidade com, o que chamamos, espaços indefinidos, e de distância com o espaço público qualificado. Esta conclusão levou-nos para o limite oeste de Vizela, numa zona dominada pela presença de fábricas e uma grande área indefinida envolvendo o rio (com acesso livre apesar da presença de lixo, materiais de construção e vegetação não domesticada). Além disto, outras estruturas como o comboio e os acessos viários são condicionadas, pelos elementos citados, e também os condicionam contribuindo para um acumular de estruturas de relação paradoxal, que em vez de facilitar, segregam e obstaculizam a mobilidade neste extremo do concelho. Aqui, somam-se também barreiras invisíveis aos limites físicos, sendo uma área de convergência de 3 municípios (Vizela, Guimarães e Santo Tirso) e 2 distritos (Braga e Porto).

A falta de opções de atravessamento do rio para os moradores, o elevado volume de fluxo quotidiano de trabalhadores e o enorme potencial dos diferentes ambientes e cenários nos espaços à beira rio, motivaram a estratégia cooperativa do projecto. Partimos de 3 intenções funcionais e de 3 agentes de intervenção. Conectar a indústria e o centro da cidade, unir as margens do rio e ocupar os espaços indefinidos, determinam as estruturas cooperativas construídas. A promoção do diálogo entre as pessoas (moradores, trabalhadores, idosos e crianças), as diferentes instituições governamentais e as empresas aí sediadas, determinam as estruturas cooperativas sociais.


Para isto, definiram-se três acções pricipais: topos (manipulação da topografia); planting (plantação de árvores e vegetação); e artefacts (a colocação de objectos construídos: pontes, pequenos edificados, etc.). Estas acções serviram de ferramenta na transformação deste território em conjunto com a criação de activity fields – a distribuição e parcelamento da área em questão por usos (público, comunitário e privado) apontando possibilidades que seriam definidas em concertação com os agentes sociais. Na zona Oeste da área de intervenção é garantida a ligação com a estação de comboio por uma passagem elevada, e o atravessamento do rio através de uma plataforma circular que orienta e distribui os diferentes trajectos. A montante, encontram-se as grandes áreas de fixação dos activity fields (como é exemplo o campo de futebol), espalhadas, paralelamente ao rio, em cotas iguais nas duas
margens, e de plantação, que tomam diferentes lógicas consoante a sua organização (seja concentrada ou ritmada). A ponta Este, determina o ponto de articulação com o centro da cidade e de entrada na nova área requalificada.


O trabalho, visa essencialmente duas vontades, a descoberta dos sintomas de fragmentação da cidade (e seus elementos) e a procura de respostas adequadas ao seu contexto. Apesar do carácter académico, a solução final reflete uma ambição social equilibrada por um realismo pratico.

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